segunda-feira, 30 de junho de 2008

A concepção

O que restou da química do seu sorriso,
O leve e fresco ar da sua elegância,
Paguei e percorri um longo caminho Para ir ao lado errado de você,
A emoção de gastar foi à última,
Num vazio de uma rainha hipócrita.

Ela vai voltar e encontrar o que perdi,
Todo o tempo que não tive, ela só fez gozar,
O sofrimento do respeito forjado pelo dinheiro,
Eu nunca tive o tédio no meu sangue até você tocar meus lábios,
Ela sabe de tudo dentro de seu desejo,
poder e orgulho,
Não espero tocar a face de Deus e nem nada especial.

Apenas acreditar na farsa dessa garota,
Este é o tempo que tenho que esperar,
Até ele curva-se diante de mim feito uma piada,
O real se desfez dentro de seu amor,
A invenção de sua concepção gloriosa,
Sou eu que nada pude fazer.

Ela tem algumas faces que não consigo ver,
O subterrâneo está escuro como sua depressão,
Mais uma vez ela transou com narciso e eu aqui,
As luzes apagam devo ir para algum lugar,
Em casa sozinho novamente estou deitado,
Uma mão leve me sufoca até o despertar.

(MV)

sábado, 28 de junho de 2008

Estoicismo

Aplausos nus para uma crônica sobre Deus
Traços da virtude de um austero estão na juventude
Frustrada por não ser o que é
O tratamento é mais um dia com angústia
A compaixão flui como uma substância enigmática
Para a vergonha que é a esperança no próximo.

Os ensinamentos estão mortos para o ser vazio
A alegria do egoísmo de desejar a mudança do outro
É a introdução para a decadência do que existe
Mas o momento é de aprender com o inimigo
E o sofrimento estóico com sua fascinação
Pela vida que alcançará toda as metas.

(MV)

domingo, 22 de junho de 2008

Terra Estranha

A noite é mais solitária
O silêncio é frio
A grama é coberta pelo sangue do céu
O sol tímido nasce e morre na depressão do frio
A alegria bucólica que surge
Na arquitetura das ruas de Viena
É como beber um mint julep no verão de Long Island
Ao som de Chet Baker
Sem endereço me encontro em meio a dor da distância
Estar em casa a sós é confortante,
Temos consciência que há alguém próximo,
Mas não contigo

O tempo constrói e molda a sua maneira
Não há beleza,Nem dinheiro
Família e amigos lá estão
Aqui, eu destruo todas as projeções
De uma mãe para um filho
Coisas boas nem sempre estão em qualquer lugar...
A veracidade consta em você acreditar
Retornar não é a solução. Ir a diante é?
Não sei, continuo sem rumo ao tudo e ao nada
Absolutamente acreditando na farsa da mentira.

(MV)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Velório da vida

Acordei vendo tudo em negro, que dia é esse?
Nessa manhã escura percebo a tristeza
Estampada em todos, a natureza é a única
Intacta ao meu olhar cabisbaixo sobre
O terno que me veste, é como se fosse
Invisível, o modo de falar é um monólogo
Esquecido em meio às vozes da sociedade
Ouço lamentações e sinto lágrimas caírem

Nada é tão escuro como o medo e a frustração
De não ser o que você já foi, tudo está perdido!
Talvez eu não encontre a definição para hoje
Vou experimentar a saudade de desejar um
Dia sem tantos conhecidos, falam tanto ao
Meu respeito, gostaria de não ouvir tudo
À vela com seu perfume da morte está em
Todos os lugares, a última palavra citada é “amém”!

(MV)