sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Also sprach Marcelo

A última mudança foi o movimento de minha sombra
pesada e cheia de inquietações, não consigo caminhar
o reflexo de minha existência é uma cor CRIStalina
o amor reflete o meu repouso diante da beleza.

O medo esconde o lado onde as lágrimas são um sorriso
sinta o prazer de acreditar na solidão como salvação
o céu publicará minha face como os ideais perdidos
o sabor do amor tem gosto de desejo vencido.

Se a Cristiane aqui estiver, a levarei comigo
seguiremos os fatos que jamais me levou a sua
essência, o seu sorriso é o meu encanto.

Eu queria que agora aqui você estivesse,
um abraço, o carinho, a mentira como verdade
o prazer como condutor da vida e o beijo para selar
o amor nunca antes sentido.


*
Dedico este poema a um ser humano único, que tenho orgulho de dizer que é meu irmão quando amigo. Te amo Garoto!

2 comentários:

Tomaz de Luna disse...

Em todos os momentos vindouros, a sua falta sempre será sentida. O mundo tornou-se ainda mais cinzento e triste.

“Os cavalos que me conduzem me levaram tão longe quanto poderia desejar, pois as deusas guiaram-me, através de todas as cidades, pelo caminho famoso que conduz o homem que sabe. Por este caminho fui levado; pois por ele me conduziam os prudentes cavalos que puxavam a minha carroça, e as moças indicavam o caminho"..."Lá estão as portas que abrem sobre os caminhos da noite e do dia, entre a verga, ao alto, e embaixo, uma soleira de pedra. As portas mesmas, as etéreas são de grandes batentes; a Justiça, deusa dos muito rigores, detém as chaves de duplo uso. A ela falavam com doces palavras as moças, persuadindo-a habilmente a abrir-lhes os ferrolhos trancados. As portas abriram largamente, girando em sentido oposto os seus batentes guarnecidos de bronze, ajustados em cavilhas e chavetas; e através das portas, sobre o grande caminho, as moças guiavam o carro e os cavalos. A deusa acolheu-me afável, tomou-me a direita em sua mão e dirigiu-me a palavra nestes termos: Oh! Jovem, a ti, acompanhado por aurigas imortais, a ti conduzido por estes cavalos à vossa morada, eu saúdo. Não foi um mau destino que te colocou sobre este caminho (longe das sendas mortais), mas a justiça e o direito. Pois deves saber tudo, tanto o coração inabalável da verdade redonda, como as opiniões dos mortais, em que não há certeza. Contudo, também isto aprenderás: como a diversidade das aparências deve revelar uma presença que merece ser recebida, penetrando tudo totalmente”.

Parmênides – As duas vias

Dantterere - dantterere@gmail.com disse...

Lembrei-me de um filme de sessão da tarde, ao ver sua visita ao meu blog, mais precisamente de uma frase que certo professor faz do aluno que joga basquete universitário e sobre o qual tem que responder ao técnico (um brilhante Morgan Freeman)..."...bem... ele é como uma eclipse, raramente aparece, mas quando o faz, é show". :o). Sua visita é sempre espetacular; seus comentários sempre com rara e distinta sutileza e elegância, e sua poesia, como tem que ser a poesia e os bons vinhos, objetos do silêncio em sua vestimenta mais nobre. Obrigado, você me fez muito feliz!